domingo, 21 de abril de 2013

Islamismo - Religião de paz e tolerância.


O que é Islamismo?
O Islamismo  é uma religião monoteísta, revelada pelo último profeta - Maomé, nascido em Meca, cidade da Arábia Saúdita em 570 d.C. A expressão ‘islã’ representa ‘submissão’ e traduz a obediência às regras e aos desejos de Alá. Os que seguem esta doutrina são conhecidos como muçulmanos – os que se submetem a Deus. De acordo com os ritos islâmicos, Maomé obteve das mãos do próprio anjo Gabriel, enviado divino, os preceitos básicos que constituem o Islã – orientações de ordem religiosa, dogmática e moral, organizadas em um livro considerado sagrado pelos muçulmanos, o Corão, que também retrata várias passagens do Antigo Testamento. Segundo as narrativas islâmicas, há um único Deus, Alá, e Maomé foi seu último profeta, enviado para disseminar entre os homens os ensinamentos sagrados, quando este tinha quarenta anos. Com o auxílio da fortuna de sua esposa, Khadija, ele realizou seu apostolado, não sem enfrentar uma forte adversidade. Foi perseguido em sua cidade natal e obrigado a se exilar em Medina, em 20 de junho de 622, episódio que historicamente ficou conhecido como Hégira – emigração, ponto zero do calendário muçulmano até nossos dias. é também uma doutrina moral e política. Como algumas religiões cristãs, ele também prega a crença no Juízo Final, com sua divisão entre os justos, que irão para o Paraíso, por toda a eternidade, e os maus, que arderão no fogo do inferno para sempre. Mas, ao mesmo tempo, o homem parece não ter escolha entre o bem e o mau, pois as pessoas parecem ter seu destino já traçado por Alá – uma de suas máximas afirma ‘estava escrito’.

O que é ser muçulmano?
O muçulmano é o seguidor da fé islâmica, também chamado por alguns de islamita. O termo maometano às vezes é usado para se referir ao muçulmano, mas muitos rejeitam essa expressão - afinal, a religião seria de devoção a Deus, e não ao profeta Maomé.

Quais as obrigações dos muçulmanos?
Entre as obrigações dos fiéis do Islamismo estão as orações obrigatórias, cinco vezes ao dia, voltado para Meca na Arábia Saúdita; não exercer o culto de imagens, o que para eles representa um ato de idolatria, e visitar Meca pelo menos uma vez na vida. Alguns dos preceitos religiosos islâmicos estão traduzidos na Sharia, que guia os muçulmanos no seu dia-a-dia, no comportamento, nas ações e na alimentação. Ela determina que, além dos deveres já citados, o fiel pague o zakat – subsídio para auxiliar os pobres - e jejue no Ramadã, mês sagrado do Islã, durante o qual é comemorada a revelação divina transmitida a Maomé.

De onde vem o termo Islã?
Em árabe, Islã significa "rendição" ou "submissão" e se refere à obrigação do muçulmano de seguir a vontade de Deus. O termo está ligado a outra palavra árabe, salam, que significa "paz" - o que reforça o caráter pacífico e tolerante da fé islâmica. O termo surgiu por obra do fundador do islamismo, o profeta Maomé, que dedicou a vida à tentativa de promover a paz em sua Arábia natal.

Todo muçulmano é árabe?
Não. Esta é uma das mais famosas distorções a respeito do Islã. Na verdade, o Oriente Médio reúne somente cerca de 18% da população muçulmana no mundo - sendo que turcos, afegãos e iranianos (persas) não são sequer árabes. Cerca de 13% de muçulmanos vivem na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo,  25% vivem no Sul da Ásia, 20% no Oriente Médio,  2% na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudeste Asiatico e 15% na África. Comunidades islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e  em partes da Europa. Comunidades convertidas e de imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo. Com cerca de 1,41-1,57 bilhão de muçulmanos, compreendendo cerca de 21-23% da população mundial.

O Islã oprime a mulher?
A base da religião muçulmana não determina qualquer tipo de discriminação grave contra a mulher. No entanto, as interpretações radicais das escrituras deram origem a casos brutais. A opressão contra a mulher é comum nos países que seguem com rigor a Sharia, a lei islâmica, e têm tradições contrárias à libertação da mulher. Assim, o problema da opressão à mulher muçulmana não é causado pela crença islâmica em si - ele surgiu em culturas que incorporaram tradições prejudiciais às mulheres. Um ótimo exemplo disso é o fato de que o uso de véus e a adoção de outros costumes que causam estranheza no Ocidente muitas vezes são mantidos por mulheres mesmo quando não há nenhuma obrigação. Ou seja: os hábitos estão integrados às culturas, não necessariamente à religião.

Os muçulmanos praticam uma religião violenta ou extremista?
Uma minoria entre os cerca de 1,3 bilhão de praticantes da religião é adepta de interpretações radicais dos ensinamentos de Maomé. Entre eles, a violência contra outros povos e religiões é considerada uma forma de garantir a sobrevivência do Islã em seu estado puro. Para a maioria dos seguidores do islamismo, contudo, a religião muçulmana é de paz e tolerância.

Tem que nascer muçulmano ou qualquer pessoa pode se converter?
Não é preciso ter nascido muçulmano ou ser casado com um praticante da religião. Também não é necessário estudar ou se preparar especialmente para a conversão. Uma pessoa se torna muçulmana quando proferir, em árabe e diante de uma testemunha, que "não há divindade além de Deus, e Mohammad é o Mensageiro de Deus". O processo de conversão extremamente simples é apontado como um dos motivos para a rápida expansão do islamismo pelo mundo. A jornada para a prática completa da fé, contudo, é muito mais complexa. Nessa tarefa, outros muçulmanos devem ajudar no ensinamento.

Referências

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